A região do Vale do Caí colheu no ano passado mais frutas cítricas do que o esperado. De acordo com o levantamento feito pelo escritório regional da Emater/RS-Ascar de Lajeado, segundo os dados da entidade que presta assistência rural, foram 187.155 toneladas de bergamotas, laranjas e limões colhidas ano passado no Vale do Caí.
Foram colhidas 122.605 toneladas de bergamotas no Vale do Caí no ano passado, 53.725 toneladas de laranja e 10.825 toneladas de limão na região no ano passado. Em comparação, no ano de 2020, na safra afetada pela seca, foram 125.695 toneladas de citros colhidos na região.
A Extensionista da Emater de Bom Princípio, Anna Cristina Xavier destacou: “Não diferente de todo o resto o citros foi também afetado pela estiagem. Mas como é uma planta perene, isso se dá de forma diferente do que vemos no milho, por exemplo. A estiagem anterior fez com que o metabolismo das plantas fosse alterada, e tivemos um comportamento anormal. Por exemplo, Laranjeiras, floresceram fora de época e tivemos laranjas na época de entre-safra”.
Ela também relacionou a situação com a estiagem de agora: “A falta de água, até um ponto, resolve alguns problemas, como as doenças fúngicas. Houve uma redução significativa dos ataques de Estrelinha, Pinta Preta, etc. Contudo, a falta de água no solo tem trazido um cenário um tanto caótico agora. Com a falta de chuvas, as frutas que estão no pé não crescem e acabam caindo. As perdas não obtidas pelos ataques de doenças, acabam sendo muito maiores com a queda de frutos. Ou seja, a falta de chuvas não é um bom negócio. Na safra que estaria se iniciando agora vamos pagar a conta; Os ganhos da safra de 2021 devem ser recebidos com cautela, pois podem ter que cobrir a safra 2022”, ressaltou Anna.
Larissa Schwade | Rádio Vale Feliz
Informações: Jornal IBIÁ e EMATER RS
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